Pacientes com doenças crônicas desconhecem direitos
e benefícios
Saque
do fundo de garantia disponível para quem tem Aids ou câncer, é um deles
26/11/2011 - 16:17
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Poucas
pessoas conhecem os benefícios para quem tem doenças grave ou crônicas. Isso é
um direito do paciente, mas muita gente não é informada. Um exemplo são os
pacientes que usam aparelhos elétricos para tratamento em casa. Eles têm
desconto de até 60% na conta de luz. Pode requerer o benefício a família que
tem renda mensal de até três salários mínimos.
“Eu
tenho um problema muito sério com o pulmão porque ele não oxigena o sangue.
Esse é um aparelho que me traz oxigênio pro sangue”, explica o aposentado
Francisco Paulo Morelli. O aparelho fica na tomada o tempo todo e gasta
energia. “Eu gastava uma média de R$ 75. Agora a conta vem R$ 159”.
Por
isso, o desconto na conta de luz para pessoas doentes que mantêm equipamentos
elétricos em casa foi a melhor notícia. Ela pode variar de 10% até 65% na
conta. Além do desconto, é muito importante saber que há também isenção de uma
série de impostos e outros benefícios para quem já sofreu ou está sofrendo com
problema grave da saúde.
- O saque do fundo de garantia está liberado para quem tem Aids
ou câncer;
- O trabalhador cadastrado no PIS que tem qualquer doença grave pode receber o
dinheiro;
- Pessoa com invalidez total e permanente, causada por doença, tem direito à
quitação da casa própria;
- Doentes graves podem pedir a isenção do Imposto de Renda, do IPI, do IOF e do
ICMS.
“Quando
a pessoa está acometida por uma patologia, ela tem toda a sua parte física e
emocional abalada. E com isso ela consegue um melhor tratamento e consegue uma
qualidade de vida”, orienta a advogada Cláudia Nakano.
O
dinheiro do FGTS e o transporte público de graça ajudaram demais a psicóloga
Lucélia Paiva durante o tratamento de um câncer de mama. Só depois de curada
ela soube que teria direito a muito mais. “Na hora que você está passando por
tudo isso nem sempre você consegue assimilar sozinha todas essas informações.
Só que eu acho que elas deveriam ser reforçadas com os profissionais que estão
atendendo os pacientes. Ajudaria muito”.