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quinta-feira, 15 de dezembro de 2016

Supermercados de SC firmam parceria para uso de energia solar 


15/12/2016- 16h16min
  -  Atualizada em 15/12/2016- 16h16min
A energia elétrica representa o segundo maior custo dos supermercados em Santa Catarina, atrás apenas da folha de pagamento. Além disso, é um setor que tem telhados de sobra. Contexto ideal, segundo a Associação Catarinense de Supermercados (Acats), para incentivar o uso da energia solar nas unidades associadas. Para isso, a entidade formalizou uma parceria com a empresa Engie Solar nesta quarta-feira. 
O diretor executivo da Acats, Antonio Carlos Poletini, explica que o próximo passo será montar um projeto piloto em algum supermercado de médio porte no Estado para mostrar a viabilidade. Outra medida será a realização de uma apresentação direcionada aos supermercadistas associados no início de 2017. Atualmente são 900 associados.
Segundo o diretor de Operações da Engie Solar, Rodrigo Kimura, um dos objetivos da parceria é a aquisição e instalação dos painéis de forma coletiva. 

— A compra em maior escala possibilita uma redução significativa no custo dos projetos, tornando a solução solar fotovoltaica bastante atrativa — explica. 

O diretor acrescenta que os sistemas de geração solar fotovoltaica têm vida útil superior a 25 anos e dependendo das condições locais de instalação, é possível chegar a uma redução de até 95% nas despesas com energia. 
Poletini cita que o projeto faz parte do Programa de Eficiência Energética, criado em 2015 pela Acats. 
— Não existe nenhum outro setor que tenha tantos telhados disponíveis. Então a energia solar é uma das soluções. Hoje o gasto com energia elétrica chega a representar até 4% do custo total de um supermercado.   
A parceria também prevê a oferta de soluções de crédito aos supermercadistas que optarem pela implantação do

EXCLUSIVO: Repórter da RBS morto em acidente tinha contrato irregular






  O repórter cinematográfico Djalma Araújo Neto, da RBS TV Florianópolis, foi uma das 71 vítimas do acidente aéreo na Colômbia, em 28 de novembro. Ele era contratado irregularmente como “radialista”, segundo apurou o Sindicato dos Jornalistas de Santa Catarina.  Há 13 anos, Djalma exercia a função de repórter cinematográfico, como a própria RBS admitiu durante a cobertura da tragédia. Mas o contrato registrado na sua carteira de trabalho era outro: operador de câmera.
A irregularidade cometida contra Djalma afeta quase todos os repórteres cinematográficos da RBS. Dos 47 profissionais contratados pela empresa em SC, apenas sete tem reconhecida sua verdadeira função.
O objetivo desta manobra é pagar salários menores e impor jornadas maiores aos profissionais de imagem. Esta situação ocorre não apenas na RBS, mas também nas principais emissoras de televisão do Estado. RIC-Record, Band-SC e SBT também submetem seus profissionais a contratos de “radialistas” para reduzir custos e ampliar suas margens de lucro.
As irregularidades na RBS começaram no final da década de 1990. A partir de 1998, os profissionais de imagem contratados para o departamento de jornalismo eram enquadrados como “operadores de câmera”.
Com essa medida, as emissoras ampliam a jornada destes profissionais de cinco para seis horas diárias. O prejuízo  financeiro é grande. Enquanto o salário inicial de um repórter cinematográfico é de R$ 2.100, o de um operador de câmera é 50% menor: R$ 1.050. Em outras palavras, estes profissionais trabalham 30 horas a mais por mês para receber apenas metade do salário. O valor de R$ 2.100 ainda está defasado porque a data-base da categoria é em maio e ainda não houve um desfecho para a Negociação Coletiva de 2016.
Irregularidades ocorrem em todo o Brasil
Segundo o presidente do SJSC, Aderbal Filho, a prática não ocorre apenas em Santa Catarina. Tampouco, pode ser justificada por suposta falta de recursos. “Há um verdadeiro conluio das empresas de televisão em todo o Brasil para fraudarem os contratos destes repórteres. Isso ocorre justamente no segmento de mídia mais lucrativo do país”, argumenta.
Djalma Araújo Neto atuava junto ao Sindicato dos Jornalistas e a Associação dos Repórteres Fotográficos e Cinematográficos (Arfoc/SC) para a resolução deste problema. O SJSC vai denunciar novamente a RBS TV ao Ministério Público do Trabalho, visando regularizar a situação das dezenas de profissionais enquadrados incorretamente na empresa.
Recentemente, uma denúncia similar realizada contra a Band-SC tornou a empresa ré em uma Ação Civil Pública, que pede o reenquadramento correto dos profissionais e multas por dano moral coletivo na ordem de R$ 1 milhão.