RELOGIO
segunda-feira, 12 de dezembro de 2016
Derretimento de Temer e tucanos pode suspender eleição de 2018
Se não levássemos em conta os retrocessos institucionais que o
golpe parlamentar contra a presidente Dilma Rousseff já acarreta, não seria de
todo mau os brasileiros estarem tendo a oportunidade de experimentar o que é
ser governado pela direita, sobretudo por uma direita tosca como a que congrega
PSDB e PMDB.
O
golpe se abateu sobre o Brasil em um momento em que muitos, à esquerda, já não
valorizavam as conquistas sociais da era petista, atribuíam a si mesmos a
melhora de vida que tiveram só a partir de 2003 e, loucura das loucuras,
afirmavam que PT e PSDB seriam “a mesma coisa”.
O
golpe, como era previsto, além de não melhorar a economia – já que a crise
política continua, apesar de, com Temer, o Congresso ter parado de sabotar o
governo federal – ainda trouxe uma avalanche de projetos de medidas
antipopulares que prometem piorar a vida do brasileiro – hoje e pelas próximas
gerações.
Até
antes das eleições, muitos não acreditavam em uma reforma draconiana da
Previdência, em terceirização descontrolada do mercado de trabalho e, pior do
que tudo, em uma reforma trabalhista que permitisse aos empresários contratar
funcionários sem pagar direitos trabalhistas como férias, 13º salário, fundo de
garantia etc.
Como
se não bastasse, o golpe ainda gerou uma proposta de mudança da Constituição de
um teor destrutivo tão grande que fez com que a Organização das Nações Unidas
se manifestasse.
Na semana que finda, o relator especial da ONU sobre
a extrema pobreza e os direitos humanos, Philip Alston, advertiu que os planos
do governo do Brasil de limitar durante 20 anos os gastos sociais “são
totalmente incompatíveis” com as obrigações do país em relação aos direitos
humanos.
Como
se sabe, o Senado deve votar em 13 de dezembro uma emenda à Constituição,
conhecida como PEC 55, que limitaria durante 20 anos o crescimento da despesa
federal com relação à taxa de inflação do ano anterior.
“O
principal e inevitável efeito desta proposta de emenda à Constituição (…)
prejudicará os pobres durante décadas”, afirmou Alston em comunicado.
“Se
for adotada, esta emenda bloqueará despesas em níveis inadequados e rapidamente
decrescentes em saúde, educação e seguridade social e colocará em risco uma
geração inteira de receber uma proteção social abaixo dos padrões atuais”,
advertiu.
Na
opinião do relator especial, “é completamente inadequado congelar só a despesa
social e atar os mãos de todos os futuros governos durante outras duas
décadas”.
Nesse
sentido, o relator da ONU sustentou que, se a emenda for aprovada, o Brasil
entrará em um “retrocesso social”.
Não
foi o PT que disse isso, foi a ONU, através da pessoa indicada pela organização
para fiscalizar as políticas públicas relativas à pobreza e aos direitos
humanos. A direita brasileira, claro, dirá que a ONU é “comunista”, apesar de
ser controlada pelas maiores potencias capitalistas do planeta.
O
mundo está boquiaberto com o que está acontecendo no Brasil, país que, com
anuência de grande parcela do seu povo, tirou um governo voltado para a
dramática questão social do país para colocar, no lugar, fanáticos de
ultradireita que se mostram dispostos a promover um genocídio social.
Em
resumo, o que ocorreu no Brasil é que tiraram a parte boa do governo Dilma (ou
seja, ela própria e o PT) e deixaram a parte ruim, que logo se aliou ao PSDB,
outra excrescência ultraconservadora conhecida pela insensibilidade social.
É
por essas e por outras que a comunidade internacional já vê o processo político
no Brasil como uma ameaça. Um sólido indício desse fenômeno foi justamente um
órgão de imprensa internacional famoso pelo seu conservadorismo decidir premiar
duas mulheres derrotadas pela ultradireita em seus respectivos países.
A
escolha de Dilma Rousseff e Hillary Clinton como “mulheres do ano” pelo jornal
britânico Financial Times sinaliza preocupação da comunidade internacional com
os governos que estão ascendendo em dois dos maiores países do mundo, Brasil e
Estados Unidos.
A
ascensão de Donald Trump nos EUA e do consórcio tucano-peemedebista no Brasil
deve acirrar problemas sociais nas Américas e, muito provavelmente, desencadear
novas aventuras militares dos norte-americanos.
O
mundo vê com preocupação a ascensão fascista nas Américas.
É
nesse contexto que o drama brasileiro chega a uma nova etapa, a etapa em que
começa a cair a ficha de boa parte dos brasileiros que aderiram ao golpe ou que
ao menos condescenderam com ele.
Um
bom indício disso é a súbita mudança de atitude da grande imprensa
conservadora. Prevendo o que vem por aí, Globos, Folhas, Vejas e Estadões já se
preparam para descartar Temer, o PMDB e até o PSDB, como forma de “salvar a
cara” diante da comunidade internacional, para a qual já não há mais dúvida de
que o Brasil sofreu um golpe de Estado.
Nas
últimas semanas, ocorreu o impensável. Tanto o Jornal Nacional quanto a revista
Veja atacaram os políticos mais importantes do PSDB.
Eduardo Guimarães é responsável pelo Blog da Cidadania
Eduardo Guimarães é responsável pelo Blog da Cidadania
CRÔNICA ENGRAÇADA
Minha
mulher e eu temos o segredo para fazer um casamento durar:
Duas vezes por semana, vamos a um ótimo restaurante, com uma comida gostosa, uma boa bebida e um bom companheirismo. Ela vai às terças-feiras e eu, às quintas.
Duas vezes por semana, vamos a um ótimo restaurante, com uma comida gostosa, uma boa bebida e um bom companheirismo. Ela vai às terças-feiras e eu, às quintas.
Nós
também dormimos em camas separadas: a dela é em Fortaleza e a minha, em SP.
Eu levo
minha mulher a todos os lugares, mas ela sempre acha o caminho de volta.
Perguntei
a ela onde ela gostaria de ir no nosso aniversário de casamento, “em algum
lugar que eu não tenha ido há muito tempo!” ela disse. Então, sugeri a cozinha.
Nós
sempre andamos de mãos dadas…Se eu soltar, ela vai às compras!
Ela tem
um liquidificador, uma torradeira e uma máquina de fazer pão, tudo elétrico. Então,
ela disse: “nós temos muitos aparelhos, mas não temos lugar pra sentar”. Daí,
comprei pra ela uma cadeira elétrica.
Lembrem-se:
o casamento é a causa número 1 para o divórcio. Estatisticamente, 100 % dos
divórcios começam com o casamento.
Eu me
casei com a “senhora certa”. Só não sabia que o primeiro nome dela era
“sempre”.
Já faz
18 meses que não falo com minha esposa. É que não gosto de interrompê-la.
Mas,
tenho que admitir: a nossa última briga foi culpa minha.
Ela
perguntou: “O que tem na TV?”
E eu
disse: “Poeira”.
LUIS FERNANDO VERÍSSIMO
Delator da Odebrecht cita doações não declaradas a mais de 30 políticos; veja lista
Em pré-delação, ex-diretor da empreiteira
indicou valores e como foram repassados recursos a políticos com o objetivo de
beneficiar a empresa.
Em informações
prestadas ao Ministério Público Federal (MPF) para a assinatura de acordo de
delação premiada, o ex-diretor de relações institucionais da Odebrecht Cláudio
Melo Filho apresentou valores repassados a políticos com a finalidade de obter
vantagens para a empreiteira.
O depoimento, que veio a público na
sexta-feira (9), traz nomes, valores, circunstâncias e motivação dos repasses.
Parte dos recursos foi paga por meio de doações eleitorais oficiais, mas também
há registro de propina e de caixa 2.
Em alguns casos, como o dos
senadores Romero Jucá (PMDB-RR) e Renan Calheiros (PMDB-AL), o dinheiro era
entregue a uma pessoa, mas serviria para abastecer um grupo dentro do partido.
Em outros casos,
não é possível identificar se a doação foi oficial.
Cláudio
atuava na relação da Odebrecht com o Congresso Nacional. Segundo ele, alguns
pagamentos eram feitos para garantir a aprovação de projetos de interesse da
empreiteira. Na pré-delação, ele
citou 51 políticos de 11 partidos.
Veja os nomes dos polítícos que
Cláudio Melo Filho disse que receberam doações não declaradas, os valores e a
situação do pagamento:
– Adolfo Viana (PSDB-BA), deputado
estadual. Recebeu R$ 50 mil não declarados.
– Aécio Neves (PSDB-MG), senador.
Pediu R$ 1 milhão para o DEM, não declarados.
– Anderson Dornelles, ex-assessor
de Dilma Rousseff. Recebeu R$ 350 mil não declarados.
– Antonio Brito (PSD-BA), deputado
federal. Recebeu R$ 100 mil não declarados, R$ 200 mil indefinidos e R$ 130 mil
declarados.
– Arthur Maia (PPS-BA), deputado
federal. Recebeu R$ 250 mil não declarados e R$ 350 mil declarados.
– Arthur Virgílio (PSDB-AM),
prefeito eleito de Manaus. Recebeu R$ 300 mil não declarados.
– Ciro Nogueira (PP-PI), senador.
Recebeu R$ 300 mil não declarados e R$ 1,8 milhão declarados.
– Colbert Martins (PMDB-BA),
ex-deputado federal. Recebeu R$ 150 mil não declarados e R$ 441 mil declarados.
– Daniel Almeida (PCdoB-BA),
deputado federal. Recebeu R$ 100 mil não declarados.
– Delcídio do Amaral (sem partido-MS),
ex-senador. Recebeu R$ 500 mil não declarados.
– Duarte Nogueira (PSDB-SP),
prefeito eleito de Ribeirão Preto. Recebeu R$ 350 mil não declarados e R$ 300
mil declarados.
– Eduardo Cunha (PMDB-RJ),
ex-deputado federal. Recebeu R$ 10,5 milhões, não determinado.
– Eliseu Padilha (PMDB-RS),
ministro-chefe da Casa Civil. Recebeu R$ 10 milhões a pedido de Temer, não
determinado.
– Eunício Oliveira (PMDB-CE),
senador. Recebeu R$ 2,1 milhões não declarados.
– Francisco Dornelles (PP-RJ),
vice-governador do Rio de Janeiro. Recebeu R$ 200 mil não declarados.
– Geddel Vieira Lima (PMDB-BA),
ex-ministro da Secretaria de Governo. Recebeu R$ 1 milhão não determinados, R$
1,5 milhão não declarados e R$ 2,380 milhões declarados.
– Gim Argello (PTB-DF), ex-senador.
Recebeu R$ 1,5 milhão não determinados, R$ 300 mil declarados e R$ 1 milhão não
declarados.
– Heráclito Fortes (PSB-PI), R$ 200
mil não declarados e R$ 50 mil declarados.
– Hugo Napoleão (PSD-PI),
ex-senador. Recebeu R$ 100 mil declarados e R$ 100 mil não declarados.
– Inaldo Leitão, ex-deputado.
Recebeu R$ 100 mil não declarados.
– Jaques Wagner (PT-BA),
ex-ministro. Recebeu R$ 3 milhões não determinados e R$ 7,5 milhões não
declarados. Cláudio Melo diz acreditar que foram repassados R$ 10 milhões para
a candidatura de Rui Costa em 2014, a pedido de Wagner.
– José Agripino (DEM-PI), senador.
Recebeu R$ 1 milhão, a pedido de Aécio Neves, não determinados.
– José Carlos Aleluia (DEM-BA),
deputado federal. Recebeu R$280 mil declarados e R$ 300 mil não declarados.
– Jutahy Magalhães (PSDB-BA),
deputado federal. Recebeu R$ 350 mil sem declaração e R$ 500 mil declarados.
– Lídice da Mata (PSB-BA),
senadora. Recebeu R$ 200 mil não declarados.
– Lúcio Vieira Lima (PMDB-BA),
deputado federal. Recebeu R$ 400 mil declarados e teria recebido R$ 1,5 milhão
não declarados.
– Marco Maia
(PT-RS), deputado federal. Recebeu R$ 1,35 milhão não declarados.
– Michel Temer (PMDB-SP),
presidente da República. Pediu repasse de R$ 10 milhões.
– Moreira Franco (PMDB-RJ),
secretário do PPI. Pediu recursos para o PMDB, mas o recebimento foi feito
através de Eliseu Padilha.
– Paes Landim (PTB-PI), deputado
federal. Recebeu R$ 100 mil não declarados e R$ 80 mil declarados.
– Paulo Henrique Lustosa (PP-CE),
ex-deputado federal. Recebeu R$ 100 mil não declarados e R$ 100 mil declarados.
– Paulo Magalhães Junior (PV-BA),
vereador eleito de Salvador. Recebeu R$ 50 mil não declarados.
– Paulo Skaf (PMDB-SP), presidente
da Fiesp. Recebeu R$ 6 milhões dos R$ 10 milhões negociados por Michel Temer.
– Renan Calheiros (PMDB-AL),
presidente do Senado. Beneficiado com os R$ 22 milhões repassados ao grupo do
PMDB na Casa (doações declaradas e não declaradas).
– Rodrigo Maia (DEM-RJ), presidente
da Câmara. Recebeu R$ 600 mil não determinados.
– Romero Jucá (PMDB-RR), senador.
Beneficiado com os R$ 22 milhões repassados ao grupo do PMDB do Senado (doações
declaradas e não declaradas).
– Rui Costa (PT-BA), governador da
Bahia. Teria recebido R$ 10 milhões a pedido de Jaques Wagner (não
determinado).
O que dizem os citados
Em
nota divulgada pelo Palácio do Planalto, o presidente Michel Temer disse que
repudia com veemência o que chamou de "falsas acusações" de Cláudio
Melo Filho. Segundo Temer, as doações feitas pela construtora Odebrecht ao PMDB
foram todas por transferência bancária e declaradas ao Tribunal Superior
Eleitoral (TSE). A nota diz ainda que não houve caixa dois nem entrega em
dinheiro a pedido do presidente.
Eliseu
Padilha afirmou que a acusação é “mentirosa” e que nunca tratou de arrecadação
para deputados ou para que quer que seja. Moreira Franco também disse que a
acusação é mentirosa e afirmou que jamais falou sobre política ou recursos para
o PMDB com Cláudio Melo Filho.
Geddel
Vieira Lima disse que acha estranho o nome dele estar na delação, já que todas
as doações da Odebrecht à campanha dele foram declaradas à Justiça Eleitoral. A
defesa de Eduardo Cunha disse que só vai se manifestar depois que tiver acesso
à delação e que ela deveria ter seu sigilo resguardado.
O
presidente da Câmara, Rodrigo Maia, negou com veemência ter participado de
qualquer negociação com a Odebrecht. Ele disse que nunca recebeu vantagem indevida
em troca de votações na Câmara e que todas as doações recebidas por ele foram
legais e declaradas ao TSE.
O
deputado federal José Agripino disse que desconhece e repele as acusações. O
presidente do PSDB, senador Aécio Neves, afirmou que todos os pedidos de
doações feitos pelo partido em 2014 se deram exclusivamente dentro da lei.
Renan Calheiros disse que "jamais
autorizou ou consentiu que terceiros falassem em seu nome em qualquer
circunstância". O senador afirmou ainda que "não há chance de serem encontradas
irregularidades em suas contas pessoais ou eleitorais". E que "essas
contas já são investigadas há nove anos sem que nenhuma prova seja encontrada
contra ele".
O líder do PMDB no Senado, Eunício Oliveira,
disse "que todos os recursos arrecadados em suas campanhas foram recebidos
de acordo com a lei e aprovados pela Justiça Eleitoral". Ele ainda disse
que "nunca autorizou ninguém a negociar recursos em seu nome em troca de
favorecimento à qualquer empresa".
Romero Jucá, líder do governo no Congresso,
negou que recebesse recursos para o PMDB e disse que está à disposição da
Justiça.
O ex- assessor de Dilma, Anderson Dornelles,
também negou as acusações. Ele disse que nunca se reuniu na sede da Odebrecht
nem solicitou ou recebeu qualquer ajuda financeira. Negou ainda que tenha
autorizado qualquer pessoa a fazer isso em nome dele.
O senador Ciro Nogueira disse que as doações
recebidas pelo partido foram legais e sempre devidamente declaradas à justiça
eleitoral.
A assessoria do deputado Heráclito Fortes
disse que ele recebeu contribuições legais e já aprovadas pela justiça
eleitoral, sem qualquer vinculação com propina.
Os deputados Paulo Henrique Lustosa e Daniel
Almeida negaram recebimento via caixa 2 e disseram que todas as doações para
suas campanhas foram legais. O deputado Paes Landim disse que todas as doações
que recebeu foram declaradas oficialmente e que jamais houve troca de favores
entre ele e a Odebrecht.
"Todas as doações que recebi da
Odebrecht constam na minha prestação de contas e foram devidamente declaradas
ao TSE e, portanto, aconteceram rigorosamente dentro dos parâmetros
legais", afirmou o deputado federal Arthur Maia.
A defesa do ex-senador Delcídio do Amaral
disse que as informações são especulativas, não oficiais e sem credibilidade.
O vice-governador do Rio, Francisco
Dornelles, enviou uma nota afirmando que todas as doações eleitorais recebidas
pelo Partido Progressista foram feitas de acordo com a legislação eleitoral e
aprovadas pela Justiça.
O prefeito eleito de Manaus, Arthur
Virgílio, do PSDB, negou que tivesse recebido doação por caixa 2. Ele disse que
todas as doações da Odebrecht foram declaradas à justiça eleitoral.
O deputado estadual da Bahia Adolfo Viana
disse que não conhece Cláudio Melo Filho e que todas as doações que recebeu
foram declaradas à Justiça Eleitoral.
Duarte Nogueira, prefeito eleito de Ribeirão
Preto, afirma que todas as doações recebidas em suas campanhas eleitorais de
2010 e 2014 – por empresas ligadas ao grupo Odebrecht ou repassadas pelo
Diretório Estadual do PSDB – foram regularmente declaradas e aprovadas pelo TSE.
O ex-deputado Colbert Martins (PMDB-BA) nega
que tenha recebido quantias não declaradas da Odebrecht ou de qualquer outra
empresa. “Tudo que tem nas minhas contas eleitorais foi declarado. Nenhum tipo
de omissão foi feita. As contas foram apreciadas e aprovadas. Tudo que eu
recebi eu declarei”, afirma.
O presidente da Fiesp, Paulo Skaf, disse que
nunca pediu e nem autorizou ninguém a pedir qualquer contribuição de campanha
que não fosse regularmente declarada em suas prestações de contas e afirmou que
todas elas foram aprovadas pela Justiça Eleitoral.
Segundo o jornal "O Globo", o ex-deputado
Inaldo Leitão disse em um perfil nas redes sociais que nunca teve relação de
negócios com a Odebrecht e que não atuou em interesse da empresa.
O G1 não conseguiu contato com a defesa do
ex-senador Gim Argello, que está preso, e com o vereador de Salvador Paulo
Magalhães Junior. As assessorias do governador da Bahia, Rui Costa, e do
ex-senador Hugo Napoleão disseram que enviariam notas comentando as acusações
de Cláudio Melo Filho.
O deputado federal Antonio Brito não atendeu
as ligações do G1. O ex-ministro Jaques Wagner e os deputados
federais Marco Maia e Lúcio Vieira Lima não retornaram os contatos da TV Globo.
A produção do Jornal Nacional não conseguiu contato com o deputado federal
Jutahy Magalhães. Também não conseguiu contato com José Carlos Aleluia, nem com
a senadora Lídice da Mata.
Das vantagens de ser bobo - Clarice Lispector por Aracy Balabanian
Das vantagens de ser bobo - Clarice Lispector por Aracy Balabanian
Retrato
Eu não tinha este rosto de hoje,
Assim calmo, assim triste, assim magro,
Nem estes olhos tão vazios,
Nem o lábio amargo.
Assim calmo, assim triste, assim magro,
Nem estes olhos tão vazios,
Nem o lábio amargo.
Eu não tinha estas mãos sem força,
Tão paradas e frias e mortas;
Eu não tinha este coração
Que nem se mostra.
Tão paradas e frias e mortas;
Eu não tinha este coração
Que nem se mostra.
Eu não dei por esta mudança,
Tão simples, tão certa, tão fácil:
- Em que espelho ficou perdida
a minha face?
Tão simples, tão certa, tão fácil:
- Em que espelho ficou perdida
a minha face?
( Cecília Meireles )
(Obra poética, Volume 4, Biblioteca luso-brasileira: Série brasileira. Companhia J. Aguilar Editora, 1958, p. 10)
(Obra poética, Volume 4, Biblioteca luso-brasileira: Série brasileira. Companhia J. Aguilar Editora, 1958, p. 10)
As palavras têm ressonância
Cuidado
com o que pensas tudo volta...
Se pretendes
ser feliz, então peça diariamente - faça
e aconteça, lute!
As
palavras ditas, jamais serão destruídas - elas se
espalham no ar e não conseguimos mais recuperar.
Se queres um futuro melhor, os teus pensamentos
devem ser bons e sadios. Pensar em doenças e desgraça, você será o alvo
perfeito delas.
Queres
fartura? Então trabalhe a tua mente - diga
inúmeras vezes ao dia que és rico, e assim atrairás a prosperidade para ti.
Mas
se reclamas de tudo, nada de bom chegará - a tua energia negativa estará
tão acumulada sobre a tua cabeça, que não permitirá que coisas boas cheguem.
A
vida é um sopro. Corra!
Tic, tac, tic, tac, tic, tac...
Tempo, tempo, tempo,
Parece
que foi ontem, mas hoje, a minha prima completa 19 lindas primaveras. Lembro-me
de pegá-la no colo, fazer-lhe carinho, que saudade...
O tempo
é inexorável, é um bandido que nos rouba a ternura das coisas mais belas.
O
grande vilão de nossas vidas - nos furta a beleza, os amores intensos, os
anseios da juventude, e a alegria da infância.
Tempo
bandido, como ousas colocar-me rugas nos olhos e trazer-me cabelos brancos para
piorar os meus dias?
Tempo
odioso, como queres que eu esqueça tudo que vivi, senti e sonhei?
Tempo
truculento, como permitistes que tantos amigos fossem e outros perversos
chegassem?
Tempo
perdido, como faze-me escrava das minhas consequências por não ter
aproveitado melhor os meus anos?
Tempo
obscuro, como desejas que eu seja feliz se não deixas ver um minuto que seja
o meu futuro?
O
tempo se es(vai)....
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