RELOGIO

quinta-feira, 22 de dezembro de 2016

Bob Dylan - Series Of Dreams

Saiba o que é engenharia social e como proteger suas informações na internet


É impossível pensarmos, atualmente, em um mundo sem internet. São inúmeros os meios dentro da rede que nos permitem acessar a conta do banco, pagar boletos, receber promoções de lojas por e-mail e, principalmente, revelar o dia a dia diante dos seguidores de nossas redes sociais. Mas, muitas vezes, disponibilizamos dados demais nestes ambientes virtuais.

Desta forma, os engenheiros sociais ganham espaço em um terreno fértil para ataques. A engenharia social é o termo utilizado para definir um método de ataque efetuado com o uso da persuasão. Geralmente, os hackers se valem da ingenuidade ou da confiança do usuário para obter dados que possam ser usados para ter acesso não autorizado a computadores ou informações. 

Mesmo com a sinalização dos bancos de que não enviam e-mails para seus clientes, por exemplo, muita gente ainda cai em golpes do gênero. Mensagens de WhatsApp também se tornaram lugar-comum para a disseminação de vírus.

Para o engenheiro eletrônico e professor dos cursos de graduação e MBA da FIAP, Almir Meira Alves, é necessário alertar a população sobre os riscos:

- A internet é um meio inseguro de comunicação e o excesso de exposição pode trazer problemas. O usuário tem que ter uma postura de proteger suas informações sigilosas e senhas sempre. E não compartilhar e revelar suas senhas para ninguém, nem mesmo para familiares - alerta.
Ele também comenta que ligações telefônicas e mensagens de celular ainda são um meio comum de ataques de engenheiros sociais. Eles utilizam diversas técnicas para conseguir acesso às informações. Alves elaborou uma lista com alertas que devem ser avaliados para que os ataques virtuais e o consequente roubo de dados sejam evitados:

1 - E-mails possuem alguns itens que permitem observar os indícios de que um hacker está tentando realizar a engenharia social. Primeiramente, verifique o endereço de origem do e-mail. Não basta apenas ver o nome do remetente, é preciso ver também os detalhes do nome deste endereço.

2 - Bancos não enviam e-mails aos clientes, a menos que estes indiquem explicitamente que desejam receber as mensagens virtuais.

3 - Mensagens com erros de português também são indícios de que são falsas. Sempre que receber alguma oferta muito atraente de uma loja, banco ou empresa, entre no site oficial para verificar se a oferta existe realmente.

4 - Se você receber uma mensagem de você mesmo, troque sua senha imediatamente. É possível que seu computador tenha sido infectado. Se receber o mesmo e-mail diversas vezes, supostamente de uma mesma empresa, banco ou pessoa, desconfie e acrescente essa mensagem e seu remetente à lista de usuários bloqueados em suas configurações da conta de e-mail.

5 - As redes sociais são um prato cheio para os hackers se nós facilitarmos a vida deles expondo a nossa na internet. Não publique dados pessoais e informações do seu dia a dia, tais como locais preferidos, academia, faculdade, escola de crianças e local de trabalho, especialmente, os horários em que frequenta estes lugares. Jamais informar dados confidenciais em redes sociais.
http://dc.clicrbs.com.br/sc/pagina/viva-tranquilo-virtual/

Top 10 Bob Dylan Songs

sábado, 17 de dezembro de 2016

Life Goes On - Tupac

Last Kiss - Pearl Jam

David Bowie - Let's Dance

David Bowie - Heroes

Pink Floyd - Wish You Were Here

Queria que Você Estivesse Aqui


Wish You Were Here
Pink Floyd

Então, então você acha que consegue distinguir
O paraíso do inferno?
Céus azuis da dor?
Você consegue distinguir um campo esverdeado
De um trilho de aço gelado?
Um sorriso de uma máscara?
Você acha que consegue distinguir?

Eles fizeram você trocar
Os seus heróis por fantasmas?
Cinzas quentes por árvores?
O ar quente por uma brisa fria?
O conforto do frio por mudanças?
Você trocou
Um papel de figurante na guerra
Por um papel principal numa cela?

Como eu queria
Como eu queria que você estivesse aqui
Nós somos apenas duas almas perdidas
Nadando num aquário
Ano após ano
Correndo sobre o mesmo velho chão
O que nós encontramos?
Os mesmos velhos medos
Eu queria que você estivesse aqui
24/03/2016, 06:00
Catarinenses aparecem em lista da Odebrecht

Uma lista com nomes de 200 políticos que supostamente teriam recebido repasses feitos pela Odebrecht gerou grande repercussão em todo o país ontem.

Nela estão seis catarinenses: o governador Raimundo Colombo (PSD); o prefeito de Florianópolis, Cesar Souza Júnior (PSD); o prefeito de Imbituba, Jaison Cardoso (PSDB); o prefeito de Navegantes, Roberto Carlos de Sousa (PSDB); o ex-prefeito de Joinville Carlito Merrs (PT); e o ex-deputado estadual Antônio Ceron (PSD). A informação com a lista completa surgiu ontem, primeiramente no blog de Fernando Rodrigues do site UOL, e rapidamente se espalhou. O material foi apreendido pela Polícia Federal no dia 11 de fevereiro, na 23ª fase da operação Lava Jato, chamada Acarajé, na residência do presidente da Odebrecht Infraestrutura, Benedicto Barbosa Silva Júnior.

As planilhas apresentam valores relacionados a nomes de políticos, alguns também identificados por apelidos. Porém, ainda não é possível afirmar se existe alguma ilegalidade, já que os documentos não detalham se os valores foram, de fato, repassados e se foram pagos em forma de doação oficial. O motivo do controle em planilhas e de eventuais pagamentos está sendo apurado pela força-tarefa da Lava Jato. 

Logo após a repercussão nacional, o juiz federal Sérgio Moro decidiu colocar a lista em segredo de Justiça. “Prematura conclusão quanto à natureza desses pagamentos. Não se trata de apreensão no Setor de Operações Estruturadas da Odebrecht e o referido Grupo Odebrecht realizou, notoriamente, diversas doações eleitorais registradas nos últimos anos”, argumenta o juiz. A decisão também ocorreu por citar na lista políticos que têm foro por prerrogativa de função e só podem ser processados pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Posicionamento do Estado
De acordo com nota oficial do governo do Estado, a empresa Odebrecht não tem em Santa Catarina nenhum contrato, não executa nenhuma obra pública ou realiza qualquer serviço do governo, tampouco tem, desde 2011, período do atual governo, nada que justificasse a transferência desses recursos.

“Os valores e a forma da suposta transferência são ainda fruto de divulgação fracionada que carece de fundamentação, o que será aguardado pela autoridade pública estadual para posicionamento definitivo sobre quem possa ter dado causa a esses fatos, se verdadeiros”, aponta.

O governador Raimundo Colombo informa que não reconhece qualquer relação com a empresa Odebrecht, tampouco tem conhecimento sobre qualquer transferência de valores a Santa Catarina que não tenha sido fruto de doação direta e oficial ou através do partido nacional. “O governo do Estado apoia todas as investigações e vai colaborar com tudo o que estiver ao seu alcance para que o Brasil supere este momento crítico de sua história”, conclui a nota.
Prefeito de Imbituba diz que não recebeu verba
O prefeito de Imbituba, Jaison Cardoso, se mostrou totalmente surpreso ao saber que seu nome constava na lista apreendida na casa do presidente da Odebrecht Infraestrutura, Benedicto Barbosa Silva Júnior, no Rio de Janeiro. Ele disse que soube do fato ao chegar ontem à tarde na prefeitura, minutos antes de uma reunião. 

A cidade de Imbituba, o nome de Jaison Cardoso e do partido PSDB aparecem seguidos do codinome “Surfista”. A ele consta na planilha o valor de R$ 300 mil, sendo divididos em três parcelas nas datas de 1º e 8 de agosto, além de 12 de setembro. Não há especificação de ano no documento.

Em nota oficial, o prefeito informou que não recebeu nenhuma verba, para nenhum fim, da empresa Odebrecht, seja como candidato, prefeito ou pessoa física, bem como não conhece ninguém desta empresa. Ressalta ainda que a empreiteira nunca teve nenhum contrato com a prefeitura de Imbituba. 

Por telefone, Jaison disse ao DS que está bem tranquilo e que não conhece ninguém da Odebrecht. “Não recebi nada. Nem como pessoa física nem prefeitura. Fiquei surpreso e vou consultar um advogado para saber como devo proceder sobre meu nome estar nesta lista”, acrescenta Jaison.

http://diariodosul.com.br/SITE2015/noticia/24781/Catarinenses-aparecem-em-lista-da-Odebrecht.html

sexta-feira, 16 de dezembro de 2016

Bob Dylan - Sweetheart Like You



A melhor coisa que você pode fazer por uma pessoa é inspirá-la.
Bob Dylan

Ser poeta não é minha ambição, é a minha maneira de estar sozinho.
Fernando Pessoa

Estou sozinho afinal sem estar sozinho.
Charles Bukowski

Sou um homem livre – e preciso da minha liberdade. Preciso estar
sozinho. Preciso meditar na minha vergonha e no desespero em retiro;
preciso da luz do sol e das pedras do calçamento das ruas sem
companheiros, sem conversação, frente a frente comigo, apenas com a
música do meu coração como companhia. Que querem vocês de mim? Quando
tenho algo a dizer, ponho-o em letra de forma. Quando tenho algo a dar,
dou-o. Sua curiosidade indiscreta faz virar meu estômago! Seus
cumprimentos humilham-me! Seu chá envenena-me! Nada devo a ninguém.
Seria responsável somente perante Deus – se Ele existisse!


The Beatles - In my Life

Morre d. Paulo Evaristo Arns, o homem que a ditadura não silenciou

Último dos grandes líderes da Igreja Católica dos anos 1970, o cardeal dedicou a vida aos pobres e à defesa dos direitos humanos
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·         As férias no Sul sempre foram sagradas. Janeiro ou fevereiro, o cardeal d. Paulo Evaristo Arns ia passar três ou quatro semanas com a família - irmãos e sobrinhos - dividindo o tempo entre os arredores de Curitiba, no Paraná, para onde a maioria dos Arns emigrou, e a pequena Forquilhinha, sua terra natal, na região de Criciúma, antiga colônia de imigrantes alemães em Santa Catarina.
·         Quinto dos 14 filhos que Gabriel Arns e Helena Steiner tiveram, Paulo Evaristo nasceu em 14 de setembro de 1921 e morreu nesta quarta-feira, 14, em São Paulo, aos 95 anos. A exemplo do irmão mais velho, frei Crisóstomo, entrou em um seminário franciscano, vocação que o pai agricultor apoiou com entusiasmo, embora tentasse adiar a matrícula o mais possível, só porque as despesas do internato pesavam no orçamento. Das sete irmãs moças, três optariam pelo convento.
·         “Paulo, nunca se envergonhe de dizer que você é filho de colono”, pediu Gabriel Arns. Muito depois, quando concluía os estudos na Sorbonne com a tese A Técnica do Livro Segundo São Jerônimo, o frade mandou um telegrama para Forquilhinha. “O filho do colono é doutor pela Universidade de Paris e não se esqueceu da recomendação do pai.”
·         De volta ao Brasil, foi professor de Teologia no seminário franciscano de Petrópolis (RJ), onde trabalhou dez anos em favelas, período que descreveria como o mais feliz da vida. Em maio de 1966, foi nomeado bispo auxiliar do então cardeal de São Paulo, d. Agnelo Rossi, que o designou para a região de Santana, na zona norte. 
·         Dedicava-se aos presos da Casa de Detenção do Carandiru e criava núcleos das comunidades eclesiais de base (Cebs), experiência pioneira na arquidiocese, quando um telefonema do núncio apostólico lhe comunicou que seria o novo arcebispo de São Paulo. Não era um convite, mas uma ordem do papa Paulo VI, que transferira o cardeal Rossi para Roma. Era 1970. Um ano antes, tivera os primeiros contatos com vítimas do regime militar, início da luta em defesa dos direitos humanos que marcaria sua carreira.
·         Designado pelo cardeal para verificar as condições em que se encontravam os frades dominicanos e outros religiosos na prisão, constatou que eles estavam sendo torturados.
    Os militares não gostaram da nomeação de d. Paulo. Quando foi elevado a cardeal, em março de 1973, uma das suas primeiras medidas foi criar a Comissão Justiça e Paz, formada por advogados e outros profissionais, para atender pessoas perseguidas pela ditadura. Funcionava na Cúria Metropolitana, sinônimo de refúgio e esperança para as famílias de mortos e de desaparecidos.
   Respeitado e temido, amado e odiado, d. Paulo tornou-se um símbolo de resistência. Denunciou as torturas nos quartéis, visitou presos em suas celas, liderou atos de protestos. No período mais difícil do regime, procurou o presidente Emílio Medici, em nome do episcopado paulista, para lhe entregar o documento Não te é lícito, no qual os bispos exigiam o fim das torturas. Medici deu um murro na mesa ao ouvir a advertência do cardeal e o pôs para fora de seu gabinete. “O senhor fique na sacristia, que nós cuidamos da ordem”, irritou-se o general. D. Paulo pegou de volta o exemplar da Rerum Novarum, a encíclica de Leão XIII que levara de presente, mas fora jogada de lado. Depois disso, só tiveram contatos protocolares. 
   Em defesa dos direitos humanos, visitava operários, estudantes e políticos nas celas da polícia. Foi numa sala da repressão que conheceu Luiz Inácio Lula da Silva, que havia sido detido após as greves dos metalúrgicos do ABC. Ficaram amigos pelo resto da vida. Na época, o bispo de Santo André era d. Cláudio Hummes, mais tarde arcebispo de São Paulo, que abrigou nas igrejas da diocese trabalhadores impedidos de se reunir. 
   Missas. Em março de 1973, d. Paulo abriu as portas da Catedral da Sé para uma missa em memória do estudante Alexandre Vannuchi Leme, aluno de Geologia da Universidade de São Paulo, que havia sido torturado e morto em dependências do Exército. O arcebispo considerava esse ato como sua primeira e, até então, a mais corajosa reação da Igreja ao regime. Os militares prometiam reprimir um protesto programado pelos colegas de Alexandre na Cidade Universitária. D. Paulo preferiu celebrar uma cerimônia religiosa para evitar a violência. 
  Com o presidente Ernesto Geisel, os problemas se agravaram. Embora tivesse um canal de comunicação direta com o governo - o general Golbery do Couto e Silva -, o cardeal enfrentou situações difíceis. O auge foi o assassinato do jornalista Vladimir Herzog, em outubro de 1975, na sede do Destacamento de Operações de Informações (DOI) do 2.º Exército.
D. Paulo promoveu um ato ecumênico na catedral em memória de Herzog, que era judeu. A cerimônia levou mais de 8 mil pessoas à Praça da Sé. Ao lado de vários bispos, entre os quais d. Hélder Câmara, do Recife, lá compareceram o rabino Henry Sobel e o pastor presbiteriano Jaime Wright - dois aliados que, daquele dia em diante, lutariam de mãos dadas com o cardeal em defesa dos direitos dos perseguidos pelo regime.
   Três meses depois, morria sob tortura o operário Manuel Fiel Filho, cuja prisão d. Paulo denunciara. Geisel exonerou o comandante do 2.º Exército, general Ednardo d’Ávila Melo, com quem o cardeal tivera vários atritos. Um deles envolveu o sociólogo Fernando Henrique Cardoso, que estava na mira da repressão. O arcebispo recorreu ao governo e obteve a promessa de que Cardoso não sofreria abusos. Nasceu aí a amizade entre d. Paulo e o futuro presidente.
   A defesa dos direitos humanos, também lhe criou inimigos. “O cardeal só defende bandidos”, reclamavam autoridades policiais. D. Paulo respondia que lutava contra todo tipo de violência. Em 1989, deu um testemunho definitivo. Convocado para servir de mediador no sequestro do empresário Abílio Diniz, na zona sul, não hesitou em arriscar a vida para libertar o dono do Pão de Açúcar. Passou horas se equilibrando no muro até obter um acordo com o sequestradores. Tinha consciência do perigo que corria. Antes de sair de casa, pediu a um padre que o ouvisse em confissão, pois temia ser morto.
   Arquidiocese. No plano pastoral, o arcebispo revolucionou São Paulo. Descentralizou a administração, delegando poder e atribuições aos bispos auxiliares e ao clero. Seu projeto era, ainda no pontificado de Paulo VI, dividir a arquidiocese em dioceses interdependentes. Não conseguiu. “A divisão feita em 1989 não corresponde a nosso projeto”, lamentou em 1996, alguns dias antes de encaminhar ao papa a renúncia, por motivo de idade (75 anos). Dizia-se que d. Paulo perdeu território e poder com a criação das dioceses de Campo Limpo, Osasco, São Miguel Paulista e Santo Amaro, desmembradas de São Paulo, mas não foi isso que ele mais sentiu. 
   O que doeu foi a frustração de um plano que ele vinha construindo havia tanto tempo para dar continuidade a seu estilo de trabalho. “Foi esse, talvez, o capítulo mais triste de minha vida de arcebispo sob a orientação do papa João Paulo II”, escreveria em seu livro Da Esperança à Utopia. A rejeição do projeto era consequência de sucessivos atritos com a Cúria Romana. Cinco anos antes, em 1984, d. Paulo enfrentara dificuldades no Vaticano, quando intercedeu com o cardeal Aloísio Lorscheider, em favor do franciscano Leonardo Boff, defensor da Teologia da Libertação, que havia sido censurado pelo então cardeal Joseph Ratzinger, prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé. A mediação não funcionou. Reduzido ao silêncio, Boff deixou o sacerdócio.
Ao apresentar o pedido de demissão, era arcebispo havia 26 anos. Achava que seria afastado imediatamente. Não foi. João Paulo II só nomeou seu sucessor, d. Cláudio Hummes, em abril de 1998. Não era o seu candidato. D. Paulo havia indicado o nome de d. Antônio Celso de Queiroz, um de seus auxiliares. O Vaticano ignorou a sugestão. D. Celso foi nomeado bispo de Catanduva (SP). O estilo e o ritmo da pastoral mudaram, mas o cardeal aposentado permaneceu na capital, a pedido do novo arcebispo. D. Paulo foi morar no Jaçanã, na zona norte, onde continuou escrevendo. Celebrava missa num hospital de idosos aos domingos e recebia pessoas no convento de São Francisco, no centro, às quintas-feiras.
Do Jaçanã, zona norte paulistana, d. Paulo Evaristo Arns mudou-se para uma casa das irmãs franciscanas em Taboão da Serra, na Grande São Paulo. A rotina continuou a mesma, mas em ritmo mais lento, por causa da saúde debilitada. Vivia altos e baixos. Selecionava as visitas e emocionava-se ao recordar velhos tempos.
Quando teve um enfarte em março de 2005, não passou de um susto, mas foi internado no Instituto do Coração (Incor). Em novembro, fez uma cirurgia para redução da próstata. Nada grave, mas a saúde não estava bem. Sua fragilidade vinha de maio de 1971, quando sofreu um acidente de carro, indo de Santa Catarina para o Paraná. Ficou com problemas circulatórios que se agravaram nos anos seguintes.
  Em 1992, sofreu um acidente mais grave: um carro em alta velocidade bateu no jipe militar que o transportava com d. Geraldo Majella Agnelo, em Santo Domingo, na República Dominicana, onde participavam de reunião dos bispos da América Latina. D. Paulo passou 18 horas inconsciente. Não se lembrava de detalhes do acidente, mas ao reconstituir o que lhe ocorreu concluiu de que devia ter sido um atentado. Não imaginava quem pretendia matá-lo, mas insistiu na suspeita. Em 1997, fez uma cirurgia para extirpar um câncer no músculo do olho esquerdo.
    Na casa das irmãs franciscanas, celebrava missa todas as manhãs, lia os jornais, rezava e recebia amigos. Não via televisão. Quando a irmã Zilda Arns morreu no terremoto do Haiti, em 2010, ditou uma declaração à imprensa. “É uma morte que surpreende, mas é uma morte bonita porque ela morre no cumprimento de uma causa em que sempre acreditou.”
   Depois de se aposentar, participava de atos públicos só quando convidado. Quando falou, sua palavra repercutiu. Por exemplo, quando deu um extenso depoimento no caderno Aliás, que o Estado publicou em 2005, quando João Paulo II estava muito doente. “Sim, seria hora de o papa renunciar para que a Igreja possa acompanhar o movimento da História”, disse.
   Na entrevista ao Aliás, falou sem censura. Até porque não seria mais eleitor, no conclave que elegeria o sucessor de João Paulo II. A eleição do alemão Joseph Ratzinger agradou a d. Paulo. Cinco meses depois da posse de Bento XVI, ele aderiu ao coro dos cardeais eleitores que justificaram a escolha pelas qualidades pessoais do novo papa. “Ratzinger é um homem muito inteligente e de uma sensibilidade muito fina para as dificuldades das pessoas.”
   O cardeal consolidou essa convicção nos anos seguintes. Em 2007, na visita de Bento XVI a São Paulo, encontrou-se com Ratzinger. Conversaram em alemão alguns minutos, apenas o suficiente para d. Paulo chegar à convicção de que o sucessor de João Paulo II saíra melhor do que a encomenda. Nas entrelinhas, havia as sequelas das dificuldades que enfrentou no pontificado do polonês Karol Wojtyla.
  Quando Bento XVI renunciou, em 2013, d. Paulo ficou cheio de esperança com a eleição do papa Francisco. “D. Paulo falava com empolgação sobre Francisco, o argentino Bergoglio que ele conhecia há muito”, revelou d. Angélico Sândalo Bernardino, bispo emérito de Blumenau (SC) e ex-bispo auxiliar de São Paulo. D. Paulo voltou à Catedral da Sé duas vezes nos últimos meses: em setembro para comemorar seus 95 anos e em 27 de novembro, na celebração dos 71 anos de ordenação sacerdotal. No dia seguinte, foi internado no hospital Santa Catarina.





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STJ autoriza abertura de inquérito para investigar Raimundo Colombo na Lava-Jato

 

 

O Superior Tribunal de Justiça (STJ) autorizou nesta sexta-feira abertura de inquérito para apurar o envolvimento do governador de Santa Catarina, Raimundo Colombo (PSD), no âmbito da Operação Lava Jato. A suspeita é de crime de corrupção passiva. As informações são do portal de notícias G1.
A pedido da PGR, um ministro da corte especial do STJ, formada pelos 15 juízes mais antigos da Casa e responsável por casos em que os envolvidos têm foro privilegiado, analisou e autorizou a abertura de inquérito para investigar Raimundo Colombo. O objetivo é apurar menção ao governador catarinense em planilhas apreendidas durante uma das fases da Lava-Jato e que apontam repasses da construtora Odebrecht a políticos.
Os documentos foram remetidos ao STJ pelo juiz Sérgio Moro, do Paraná, responsável pela Lava-Jato na primeira instância da Justiça Federal, em razão do foro privilegiado dos governadores. Este inquérito aberto pelo STJ não tem relação com a delação premiada em curso assinada por 77 executivos e ex-executivos da Odebrecht.
Agora as investigações serão conduzidas pelo Ministério Público Federal, pela Polícia Federal e também pelo STJ. No fim da apuração, em caso de haver indícios, o MPF pode oferecer denúncia contra o governador. Caso contrário, o inquérito é arquivado.
Ainda de acordo com o G1, além de abrir o inquérito, o STJ também determinou a coleta de provas pedidas pela Procuradoria, entre elas dados telefônicos de um assessor do governo de Santa Catarina, André Agostini Moreno, alvo de condução coercitiva em Florianópolis na 26ª fase da Lava-Jato, intitulada Operação Xepaque se concentrou no Grupo Odebrecht.
A Secretaria de Estado de Comunicação emitiu uma nota de esclarecimento sobre o caso. Confira na íntegra:
O governo do Estado esclarece sobre as divulgações de supostos recursos repassados para Santa Catarina pela empresa Odebrecht.
A empresa não tem em Santa Catarina, desde 2011, início do atual governo, nenhum
contrato, não executa nenhuma obra pública ou realiza qualquer serviço do Estado.
O governo do Estado aguarda as investigações.
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DOUGLAS NASCIMENTO SANTANA, NATURAL DE IPIRÁ/BA, É O MAIS NOVO DIPLOMATA BRASILEIRO

Depois do escritor Eugênio Gomes, do jornalista Carlos Henrique, do cantor Raimundo Sodré, do jogador de futebol Freitas e do desembargador Carlos Cintra, mais um ipiraense ganha destaque em nível nacional.
O médico Douglas Nascimento Santana, de 34 anos, natural de Ipirá/BA, filho do casal Izael da Silva Santana e da senhora Normélia Nascimento Santana, tomará posse no cargo de Diplomata Brasileiro, nesta sexta-feira (16), no Itamaraty, em Brasília/DF. A solenidade contará com a presença de embaixadores, ministros de Estado e outras autoridades do governo federal.
O profissional diplomata atua no Ministério das Relações Exteriores do Brasil (MRE), também conhecido como Itamaraty, que é o órgão do Poder Executivo responsável pelo assessoramento do Presidente da República na formulação, no desempenho e no acompanhamento das relações do Brasil com outros países e com organismos internacionais.
A atuação do Itamaraty e dos diplomatas cobre as áreas política, comercial, econômica, financeira, cultural e consular das relações internacionais, áreas nas quais eles exercem as tarefas clássicas da diplomacia: representar os interesses brasileiros no exterior, informar o governo sobre o que ocorre em outros países e negociar acordos para o Brasil.
Quanto à sua estrutura, o Itamaraty conta com embaixadas e consulados em países estrangeiros e com representações em organismos internacionais, como a ONU e a Organização Mundial do Comércio. No Brasil, ele dispõe de sua sede, o Palácio do Itamaraty, do Instituto Rio Branco, que recruta e treina os diplomatas, ambos em Brasília, bem como de Escritórios de Representação em várias cidades brasileiras.
O ingresso na carreira de diplomata se dá mediante concurso público de âmbito nacional, organizado pelo Instituto Rio Branco, em parceria com o Cespe/Cebraspe, vinculado à Universidade de Brasília. O concurso para a Diplomacia é considerado o mais difícil do país, devido a grande quantidade de disciplinas técnicas que precisam ser dominadas (Economia, Política Internacional, Direito Internacional, História das Relações Internacionais, História do Brasil e Geografia) e da diversidade de línguas (Inglês, Francês e Espanhol, além do domínio do Português). O processo de preparação é duro, levando cerca de 3 a 5 anos de estudos diários, não sendo incomuns candidatos que somente conseguem a aprovação após 10 anos de estudos.
Esta é a primeira vez que um filho de Ipirá ocupará uma função da mais alta envergadura, o que ainda mais honrará o nome desta terra. Izael Santana que é empresário do ramo de farmácia em Ipirá, disse: “Este é um momento impar na minha vida e na da minha família, sendo eu filho de família carente e origem rural ter um filho ocupando esta importante função, sabendo que meu filho Douglas cruzará o Atlântico para defender os interesses do povo brasileiro em diferentes países e continentes do planeta. Esta não é uma conquista só minha e nem da minha família. É uma conquista de todo povo de Ipirá”, disse Izael.
Nos próximos 2 anos, Douglas trabalhará no Itamaraty, em Brasília, para em seguida mudar de residência para novos países a cada 2 ou 3 anos, sejam na Europa, na Ásia, na África, na Oceania ou nas Américas, onde quer que haja interesses brasileiros a serem defendidos. Douglas afirma que “essa opção de vida que envolve morar em vários países, ao contrário do que parece à primeira vista, na verdade fortalecerá ainda mais o meu vínculo com minhas origens sertanejas, com Ipirá, com meu Brasil, e a distância aumentará o meu afeto pelos meus familiares e amigos. E eu espero desempenhar bem as responsabilidades desta nova função, confiando no que dizia o escritor Euclides da Cunha, em Os Sertões, de que ‘o sertanejo é, antes de tudo, um forte’ “.
Caboronga Noticias
E-mail:redacao@caboronganoticias.com

Volta pra Curtir (Ao Vivo) 1972 - Luiz Gonzaga - Completo

Gonzaguinha - O que é, O que é?



Estado fecha alas inteiras em três hospitais públicos da Grande Florianópolis



14/12/2016
A partir da última semana, as direções dos hospitais Governador Celso Ramos, Nereu Ramos e Regional de São José anunciaram o fechamento de 46 leitos mais um centro cirúrgico. Os gestores afirmam que a decisão é temporária e é referente ao recesso coletivo do serviço público, entretanto todos são serviços de urgência, emergência e alta complexidade, que não estão previstos no Decreto 968/2016 do Governo do Estado, que define a data e os setores que farão recesso coletivo de fim de ano. “Na realidade essa é uma desculpa para a falta de três mil servidores na saúde, que já estamos anunciando há um ano”, afirma a presidente do SindSaúde/SC Edileuza Garcia Fortuna.
Saiba o que irá fechar em cada unidade
Hospital Governador Celso Ramos
Na segunda feira (12/12), a direção do HGCR anunciou o fechamento do centro cirúrgico da emergência. Uma ala responsável por atender casos graves que chegam ao pronto atendimento e precisam de cirurgia imediata. Além disso, esse setor realiza cerca de 30% de todos os procedimentos cirúrgicos da unidade.
Hospital Nereu Ramos
É o único hospital em Santa Catarina referência no atendimento de infectologia. Trabalhadores do HNR denunciaram na tarde desta terça feira (13/12) o fechamento completo da ala feminina de doenças infecto-parasitárias (DIP1), que atende pacientes com sífilis, hepatite, hanseníase, entre outras enfermidades.
São 11 leitos fechados, segundo a direção, a medida é temporária, mas os próprios servidores da unidade já foram orientados a não aceitar novas internações de pacientes nessa ala com essas doenças. Os usuários serão realocados em outras alas, sobrecarregando estes outros setores.
Hospital Regional de São José
No HRSJ, a direção anunciou para os servidores e também para a Secretaria Estadual de Saúde, na quinta-feira (8/12), o fechamento de dois setores no 4º andar da unidade. Serão 25 leitos de ginecologia cirúrgica, voltados a pacientes com câncer de mama, que sofreram aborto ou com gestação de risco. O Hospital Regional é o único na região que possui um ambulatório de ginecologia e agora fecha esse serviço, que é o mesmo fechado há cerca de quatro meses na Maternidade Carmela Dutra. Para usuárias com gestação de risco agora restam apenas alguns leitos disponíveis no Hospital Universitário.
Na mesma data, a direção da unidade, avisa que mais 10 leitos do atendimento oftalmológico serão fechados. O HRSJ é referência em Santa Catarina em transplantes oftalmológicos e agora tem esse serviço colocado em risco pelo fechamento de leitos.
Os servidores resistem ao fechamento das duas alas no HRSJ, mas não sabem até quando poderão impedir que a medida seja tomada. “Para nós está clara a manobra dos gestores dos hospitais junto à SES. Estão aproveitando o recesso de fim de ano, que não afeta a maior parte dos servidores da saúde, para poder fechar unidades, que na realidade, sofrem de falta de servidores”, comenta a presidente do SindSaúde/SC.
Em 2016, foi encerrado um concurso público para servidores da saúde, no qual a SES contratou servidores apenas para área administrativa, não direcionando novos trabalhadores para repor o déficit de servidores, levantado pelo Sindicato e reconhecido pela própria Secretaria. 

Pink Floyd - Wish You Were Here ( Live PULSE 1994 )

Deus está aqui

quinta-feira, 15 de dezembro de 2016

Supermercados de SC firmam parceria para uso de energia solar 


15/12/2016- 16h16min
  -  Atualizada em 15/12/2016- 16h16min
A energia elétrica representa o segundo maior custo dos supermercados em Santa Catarina, atrás apenas da folha de pagamento. Além disso, é um setor que tem telhados de sobra. Contexto ideal, segundo a Associação Catarinense de Supermercados (Acats), para incentivar o uso da energia solar nas unidades associadas. Para isso, a entidade formalizou uma parceria com a empresa Engie Solar nesta quarta-feira. 
O diretor executivo da Acats, Antonio Carlos Poletini, explica que o próximo passo será montar um projeto piloto em algum supermercado de médio porte no Estado para mostrar a viabilidade. Outra medida será a realização de uma apresentação direcionada aos supermercadistas associados no início de 2017. Atualmente são 900 associados.
Segundo o diretor de Operações da Engie Solar, Rodrigo Kimura, um dos objetivos da parceria é a aquisição e instalação dos painéis de forma coletiva. 

— A compra em maior escala possibilita uma redução significativa no custo dos projetos, tornando a solução solar fotovoltaica bastante atrativa — explica. 

O diretor acrescenta que os sistemas de geração solar fotovoltaica têm vida útil superior a 25 anos e dependendo das condições locais de instalação, é possível chegar a uma redução de até 95% nas despesas com energia. 
Poletini cita que o projeto faz parte do Programa de Eficiência Energética, criado em 2015 pela Acats. 
— Não existe nenhum outro setor que tenha tantos telhados disponíveis. Então a energia solar é uma das soluções. Hoje o gasto com energia elétrica chega a representar até 4% do custo total de um supermercado.   
A parceria também prevê a oferta de soluções de crédito aos supermercadistas que optarem pela implantação do

EXCLUSIVO: Repórter da RBS morto em acidente tinha contrato irregular






  O repórter cinematográfico Djalma Araújo Neto, da RBS TV Florianópolis, foi uma das 71 vítimas do acidente aéreo na Colômbia, em 28 de novembro. Ele era contratado irregularmente como “radialista”, segundo apurou o Sindicato dos Jornalistas de Santa Catarina.  Há 13 anos, Djalma exercia a função de repórter cinematográfico, como a própria RBS admitiu durante a cobertura da tragédia. Mas o contrato registrado na sua carteira de trabalho era outro: operador de câmera.
A irregularidade cometida contra Djalma afeta quase todos os repórteres cinematográficos da RBS. Dos 47 profissionais contratados pela empresa em SC, apenas sete tem reconhecida sua verdadeira função.
O objetivo desta manobra é pagar salários menores e impor jornadas maiores aos profissionais de imagem. Esta situação ocorre não apenas na RBS, mas também nas principais emissoras de televisão do Estado. RIC-Record, Band-SC e SBT também submetem seus profissionais a contratos de “radialistas” para reduzir custos e ampliar suas margens de lucro.
As irregularidades na RBS começaram no final da década de 1990. A partir de 1998, os profissionais de imagem contratados para o departamento de jornalismo eram enquadrados como “operadores de câmera”.
Com essa medida, as emissoras ampliam a jornada destes profissionais de cinco para seis horas diárias. O prejuízo  financeiro é grande. Enquanto o salário inicial de um repórter cinematográfico é de R$ 2.100, o de um operador de câmera é 50% menor: R$ 1.050. Em outras palavras, estes profissionais trabalham 30 horas a mais por mês para receber apenas metade do salário. O valor de R$ 2.100 ainda está defasado porque a data-base da categoria é em maio e ainda não houve um desfecho para a Negociação Coletiva de 2016.
Irregularidades ocorrem em todo o Brasil
Segundo o presidente do SJSC, Aderbal Filho, a prática não ocorre apenas em Santa Catarina. Tampouco, pode ser justificada por suposta falta de recursos. “Há um verdadeiro conluio das empresas de televisão em todo o Brasil para fraudarem os contratos destes repórteres. Isso ocorre justamente no segmento de mídia mais lucrativo do país”, argumenta.
Djalma Araújo Neto atuava junto ao Sindicato dos Jornalistas e a Associação dos Repórteres Fotográficos e Cinematográficos (Arfoc/SC) para a resolução deste problema. O SJSC vai denunciar novamente a RBS TV ao Ministério Público do Trabalho, visando regularizar a situação das dezenas de profissionais enquadrados incorretamente na empresa.
Recentemente, uma denúncia similar realizada contra a Band-SC tornou a empresa ré em uma Ação Civil Pública, que pede o reenquadramento correto dos profissionais e multas por dano moral coletivo na ordem de R$ 1 milhão.