RELOGIO
sexta-feira, 28 de abril de 2017
domingo, 16 de abril de 2017
Duelo
Há
várias formas de duelos os quais nos debatemos reiteradamente - lutas internas que nos
exaurem até a alma.
Em
relação às questões afetivas o nosso maior combate é entre razão e emoção. Não
raras vezes vivenciamos um relacionamento afetivo agradabilíssimo. Nossas vidas
parecem estar devidamente dentro dos padrões impostos pela sociedade - castradora,
misógina, preconceituosa, corrupta e alienada.
A
sociedade definitivamente tente a padronizar aquilo que não é possível, e
fazer-nos robotizados - nos compele a aceitar suas regras e dogmas extremistas.
A
razão e a emoção tendem a se digladiarem em nossos mais profundos pensamentos.
Deixando-nos à beira da loucura definitivamente. A primeira tende a colocar nossos
pés no chão, e obtermos desse modo a aprovação de um número considerável de imbecis que
normatizam tudo que é equivocado - influenciados por suas projeções mais funestas
e seus padrões de vida decadentes e degenerados.
Pela
razão temos a afeição, o apreço imensurável por uma pessoa que é sua
companheira e muito te satisfaz. É a vida perfeita, acostumamo-nos com ela.
No
entanto, não raras vezes, nossos pensamentos nos traem. Deixamos a razão falando
sozinha e nos voltamos para o silêncio barulhento dos nossos corações. É um tic tac ressoando
bravamente em nossa alma - estremece cada célula do nosso corpo.
Pensamos
naquele ser que amamos e recordamos minuciosamente todos os momentos os quais
vivenciamos - um êxtase inexplicável.
Neste
momento, a emoção expulsa a razão do coração definitivamente - amor é emoção.
Nossos
corações são movidos por amores e paixões arrebatadoras – nos impulsionam a lutar incansavelmente por
tudo que amamos.
Em
certo momento de nossas vidas será impossível esconder o amor - ele ecoa
dentro da alma e reverbera para todas as direções. O amor ultrapassa
os limites tempo e espaço.
A
vida é breve e o amor é ar, fonte de vida...
quinta-feira, 13 de abril de 2017
O maior de todos os barulhos é o silêncio. Enquanto as palavras verbalizadas nos falam sobre muitas questões, o silêncio nos faz pensar naquilo que deveria ser dito e não foi. E é para nos preocuparmos quando isto ocorre.
As discussões, e o confronto de idéias são saudáveis na medida que resolvem assuntos pendentes - desde que isso ocorra de modo civilizado.
Entretanto, o silêncio é exatamente aquilo que o seu interlocutor pensa a respeito de determinado assunto, mas por algum motivo não quer verbalizar.
Não devemos perder tempo pensando no que foi dito, mas aquilo que foi omitido através do silêncio. A verdade encontra-se neste ponto da conversa. No momento em que ocorre o silêncio, encerra-se aquilo que deveríamos de fato saber.
Uma guerra certamente é evitada, mas até quando?
Em um dado momento, a sujeira debaixo do tapete começará aparecer.
Em um dado momento, a sujeira debaixo do tapete começará aparecer.
A vida estava muito tranquila e eu apenas observava toda calmaria sem questionar. Tentava entender como as peças haviam se encaixado de forma tão perfeita.
Guardei nos meus porões pessoas que definitivamente não poderia ver, e os sentimentos mais profundos.
Estava realizada emocionalmente e não conseguia admitir que aparências enganam. Quando nos olhamos pelo aveso, percebemos que enganar a si mesmo é algo degradante. Devemos nos ver com os olhos da alma.
Até que um dia eu abri os meus porões - antes eu apenas espiava, não tinha o ímpeto de entrar. Eu ensaiava o dia que finalmente abriria aquelas portas tão cinzentas e sombrias.
Achei que não havia nada mais a esconder - e que minha vida estava muito diferente de tudo que já vivi.
Mas a maldita chave estava na fechadura! E naquele dia não me contive. Lentamente girei aquela coisa enferrujada - causou -me asco tocar naquilo, porque no fundo sabia o que representava aquele objeto. A simbologia da chave é algo tão profundo. E eu estava ciente das consequências daquele ato.
E foi então que empurrei a densa porta, que mais parecia a de um castelo medieval. O silencio daquele compartimento, era extremante barulhento em minha alma.
Quando vi as pessoas que lá estavam, assustei-me. Apesar de inúmeras vezes ter descido naquele porão, jamais consegui entrar. Eu apenas espiava pela fechadura. Sentia-me aliviada por não consegui ver ao certo quem e o que estavam lá dentro.
Foi um teste, estou certa disso. Eu precisava abrir e me certificar que tudo que estava guardado naquele lugar, não faria diferença em minha vida. Que não teria qualquer sentimento que me comovesse ou que causaria mágoa, ódio, rancor, e principalmente saudade.
Na verdade, eu quis testar meu equilíbrio emocional.
E foi então que girei a chave - trêmula, com coração destemido, pensei que fosse ter uma síncope. Respirei fundo, e com hesitação perguntei quem e o que, estavam encarcerados naquele lugar.
Recordei que muitos estavam presos ali há anos, e eu mesmo havia colocado para não sofrer. Prendi a todos sem sentimento de culpa algum. Apenas queria "me livrar" daquelas pessoas e sentimentos que me faziam meu coração acelerar - e desse modo, obrigar-me a mudar radicalmente a minha vida tão pacata.
Nunca me acostumei com este tipo de vida, calmaria realmente é para os fracos. Sou intensa e sempre fui. Nunca me contentei com o pouco. Se é para viver feliz, que seja com o muito. Tudo em demasia. Sinto que meu espírito é tão gigante, intenso, que ele não cabe no meu corpo. Ele sente vontade de fugir e abandonar essa coisa que arrasta tantas correntes pesadas e invisíveis. Esmolas, esmolas e esmolas...
Sinto-me maravilhada com todas as possibilidades novas. Tenho tanto para viver, sentir, amar - e minha razão e meu corpo me aprisionam profundamente. Eles são castradores, pois tolhem os meus sentimentos e desejos mais íntimos. Prefiro ser feliz que ter qualquer tipo de razão.
Senti vontade de me libertar de tudo e de todos aqueles que não me fazem sentir frio na barriga. Abandonar o monótono, o cotidiano - perfeitos em uma pessoa amargurada, frustrada e infeliz
O que me move é paixão. Não apaixonar-se é estar quase morto.
Quando reencontrei aquelas pessoas e sentimentos, percebi que guardei minha felicidade por anos - que não lutei pela liberdade de vivenciar o verdadeiro amor.
Eu não queria causar dores em algumas pessoas. Não quis separar aquilo que já estava separado por meus pensamentos e sentimentos. Não era o fim, mas a nova vida, o recomeço!
Felizmente não descartei a chave. Recuperei a verdadeira razão, e deixei toda aquela calmaria anestésica para trás. Prefiro ser louca apaixonada a ser uma infeliz racional.
Guardei nos meus porões pessoas que definitivamente não poderia ver, e os sentimentos mais profundos.
Estava realizada emocionalmente e não conseguia admitir que aparências enganam. Quando nos olhamos pelo aveso, percebemos que enganar a si mesmo é algo degradante. Devemos nos ver com os olhos da alma.
Até que um dia eu abri os meus porões - antes eu apenas espiava, não tinha o ímpeto de entrar. Eu ensaiava o dia que finalmente abriria aquelas portas tão cinzentas e sombrias.
Achei que não havia nada mais a esconder - e que minha vida estava muito diferente de tudo que já vivi.
Mas a maldita chave estava na fechadura! E naquele dia não me contive. Lentamente girei aquela coisa enferrujada - causou -me asco tocar naquilo, porque no fundo sabia o que representava aquele objeto. A simbologia da chave é algo tão profundo. E eu estava ciente das consequências daquele ato.
E foi então que empurrei a densa porta, que mais parecia a de um castelo medieval. O silencio daquele compartimento, era extremante barulhento em minha alma.
Quando vi as pessoas que lá estavam, assustei-me. Apesar de inúmeras vezes ter descido naquele porão, jamais consegui entrar. Eu apenas espiava pela fechadura. Sentia-me aliviada por não consegui ver ao certo quem e o que estavam lá dentro.
Foi um teste, estou certa disso. Eu precisava abrir e me certificar que tudo que estava guardado naquele lugar, não faria diferença em minha vida. Que não teria qualquer sentimento que me comovesse ou que causaria mágoa, ódio, rancor, e principalmente saudade.
Na verdade, eu quis testar meu equilíbrio emocional.
E foi então que girei a chave - trêmula, com coração destemido, pensei que fosse ter uma síncope. Respirei fundo, e com hesitação perguntei quem e o que, estavam encarcerados naquele lugar.
Recordei que muitos estavam presos ali há anos, e eu mesmo havia colocado para não sofrer. Prendi a todos sem sentimento de culpa algum. Apenas queria "me livrar" daquelas pessoas e sentimentos que me faziam meu coração acelerar - e desse modo, obrigar-me a mudar radicalmente a minha vida tão pacata.
Nunca me acostumei com este tipo de vida, calmaria realmente é para os fracos. Sou intensa e sempre fui. Nunca me contentei com o pouco. Se é para viver feliz, que seja com o muito. Tudo em demasia. Sinto que meu espírito é tão gigante, intenso, que ele não cabe no meu corpo. Ele sente vontade de fugir e abandonar essa coisa que arrasta tantas correntes pesadas e invisíveis. Esmolas, esmolas e esmolas...
Sinto-me maravilhada com todas as possibilidades novas. Tenho tanto para viver, sentir, amar - e minha razão e meu corpo me aprisionam profundamente. Eles são castradores, pois tolhem os meus sentimentos e desejos mais íntimos. Prefiro ser feliz que ter qualquer tipo de razão.
Senti vontade de me libertar de tudo e de todos aqueles que não me fazem sentir frio na barriga. Abandonar o monótono, o cotidiano - perfeitos em uma pessoa amargurada, frustrada e infeliz
O que me move é paixão. Não apaixonar-se é estar quase morto.
Quando reencontrei aquelas pessoas e sentimentos, percebi que guardei minha felicidade por anos - que não lutei pela liberdade de vivenciar o verdadeiro amor.
Eu não queria causar dores em algumas pessoas. Não quis separar aquilo que já estava separado por meus pensamentos e sentimentos. Não era o fim, mas a nova vida, o recomeço!
Felizmente não descartei a chave. Recuperei a verdadeira razão, e deixei toda aquela calmaria anestésica para trás. Prefiro ser louca apaixonada a ser uma infeliz racional.
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