RELOGIO

quarta-feira, 30 de novembro de 2016

Motumbá: arte e resistência negra


Motumbá entre os nagôs (língua yorubá) é um pedido de bênçãos 
e a resposta é Motumba Axé,
que quer dizer Deus te abençõe"
Mostra que reúne expressões culturais negras fica em cartaz até março de 2017, no Sesc Belenzinho

Marina Saran Caros Amigos
“Hoje não se discute a arte só como meio de se levar cultura para quem a consome, mas também se fala muito de quem produz isso, qual o lugar de fala e histórico de cada grupo", diz João Nascimento, co-curador do projeto Motumbá: Memórias e existências negras e diretor presidente do Instituto Nação. Segundo ele, a mostra que se iniciou em novembro, mês em que se comemora a Consciência Negra, surgiu com a ideia de priorizar os coletivos artísticos de cultura afro e seguirá em cartaz até março de 2017 no Sesc Belenzinho. Uma das principais propostas da mostra é reunir o maior número de grupos de cultura afro possíveis, trazendo à tona expressões culturais negras.
"Quando começamos a estruturar o projeto, pensamos em cada atração e, principalmente, na história de cada coletivo e quem são essas pessoas que estão por trás de cada atividade", conta João. Ele defende a ideia de que a cultura é característica essencial de um povo.
“A população que não sabe de onde veio, teoricamente, não sabe para onde vai. A cultura é uma das formas de saber onde estamos, pois ela nos localiza no tempo. Acredito que o Motumbá é uma mostra que trabalha com as memórias e resistências negras. A periferia sempre existiu e resistiu fazendo cultura, mas tiveram momentos que os conservadores falavam e ainda falam, infelizmente, em fazer projetos para levar 'cultura' para periferia".
As atividades promovidas pela mostra irão ocupar diversos espaços abertos e fechados da unidade com atrações de música, dança, teatro, performance, literatura, cinema, artes visuais e rodas de reflexão e debate.

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